InfoGraFiAS (PeSquiSa)

by homogeneous

Infografia Jornalística

Não é possível identificar facilmente entre vários autores, o uso consensual do termo infografia. Wilbur (1998) afirma que information graphics é um termo genérico para várias formas de representação gráfica: de diagramas e interfaces até a sinalização. Hoje em dia este termo tem sido utilizado para um tipo de representação gráfica que se distingue das demais. Geralmente a maioria dos infográficos tratam informação complexa, vasta e por vezes científica, ou seja, complicada para ser escrita e compreendida em palavras e textos jornalísticos.

Atualmente, a infografia caminha de mãos dadas com o design de informação. Segundo Sue Walker (2007), o design de informação é uma atividade que se tem desenvolvido muito nos últimos anos, sendo, eventualmente, conhecida como design de comunicação. Uma área voltada para o design gráfico mas que se relaciona com a linguística e a psicologia aplicada, como a ciência da informação e outras áreas. Neste contexto, os infográficos são utilizados quando as explicações gráficas tornam mais simples e fácil a aquisição da informação.

A infografia jornalística relaciona-se ainda intimamente com dois conceitos de comunicação jornalística: A iconografia e o texto. A grande diferença está no facto de, se uma mera ilustração é considerada um elemento que não pertence ao texto e que apenas o complementa, a infografia é bem mais do que isso, ela cria uma interatividade de maneira a que, se retirarmos esses elementos iconográficos de um texto ou artigo jornalístico este vai sofrer uma grande perda do produto final. No contexto jornalístico as infografias pretendem funcionar como a grande fonte de informação e não como uma simples ilustração adicional. Muitas das vezes o texto funciona como o verdadeiro elemento adicional pois a infografia por si só contém a informação essencial e mais importante à compreensão de determinado assunto ou acontecimento.

Em pesquisa para a realização do nosso trabalho deparamo-nos com estes dois lembretes na ”folha de São Paulo” (em 1998) em relação à utilização de infografias.

1- É muito mais eficiente dividir a responsabilidade da pauta infográfica com a Arte do que passar um monte de dados e esperar que a Arte descubra o que vocês quer dizer com isso. Antes de começar a digitar um monte de tabelas converse com a Arte sobre a pauta, os dados e referências disponíveis.

2- Algumas coisas que se veem numa tabela ficam melhores num gráfico, ou num mapa (Kanno e Brandão, 1998, p.32).

Constata-se assim o início já há mais de 10 anos do “Jornalismo Visual”, “o resultado da prática de contar histórias com palavras, imagens e recursos de design que envolve não apenas habilidade, mas conhecimentos de áreas distintas para a conceção de um produto cada vez mais complexo.” (Lester 2002, p.11)

Hoje, a infografia ganha cada vez mais força e está presente nas publicações dos melhores jornais mundiais. Servindo-se das novas tecnologias e das potencialidades do design visual o jornalista tem a possibilidade de escrever a notícia de forma dinâmica, inovadora. Espera-se assim dos novos profissionais da área que dominem esta “ciência” para que se tornem uma mais valia de qualquer redação.

Ficam agora alguns exemplos de infografias recolhidas em diversas publicações online. Fontes de inspiração e de recolha de técnicas e táticas para o nosso trabalho final.