AnÁlisE dA LeTRA

by homogeneous

Nesta curta análise e reflexão onde tencionámos contemplar os meandros da tipografia presentes, particularmente, neste tipo de letra, rechonechemos à partida esta arte que “arrastra rápidamente a sus seguidores a terrenos desconocidos en los que la estética se une a la ingenería y el arte se funde con las matemáticas, y donde lo estrictamente efímero y decorativo se encuentra mediante la búsqueda de valores atemporales y de un funcionalismo transparente (Lewis Blackwell, 2004)

A nossa recolha fotográfica de diferentes tipos de letras foi, sem dúvida, um processo bastante rápido. De facto, em meio urbano, estamos completamente rodeados de caracteres, de todos os géneros, de todos os feitios, e com as mais diversas finalidades.

Decidimos escolher, de entre as fotografias tiradas, uma letras que, sem dúvida, se destaca e não passa, de maneira alguma, despercebida. A letra que escolhemos é uma letra muito elaborada, composta e trabalhada e típica de uma escrita erudita, cuidada, religiosa, típica de textos  históricos e antigos. O acabamento e a quantidade de pormenores com que esta é enriquecida, refletem a importância e seriedade do texto de que esta faz parte: A Bíblia. Este “B” é um b repleto, preenchido, cheio, volumoso. É um “b” que não se limita às linhas básicas  que o criam, e por isso acrescenta um desenho que o completa, aconchega-o e enaltece.

A cor da letra é também um elemento de grande importância. O dourado, cor do ouro, é mais um símbolo de algo precioso, importante e valioso, valores que a letra representa e anuncia, presságio do livro pelo qual “dá a cara”.

Acreditamos ainda que esta é uma letra da família das Cursivas (inglesas ou manuscritas)  

Tal como a Gótica, é uma relíquia do tempo passado, que apareceu em tipografia quando o rei Jorge IV de Inglaterra (1700) pediu, ao fundidor francês Fermin Didot, uma letra que imitasse caligrafia inglesa. Uma letra redonda, de espessura algures entre o “Bold” e semi-bold, sedutora e acima de tudo com enorme riqueza visual.

Esta letra antiga, ainda associada aos tempos onde a tipografia era uma arte artesanal baseada em mãos artísticas, contrasta com a variedade de design dos caracteres que hoje em dia nos rodeiam. Nela comtemplámos o passado distante da tipografia de hoje e daquilo que no presente se associa: “una materia muy vinculada al arte, a la tecnologia, y a nuestra capacidad para la lectura y la escritura (Lewis Blackwell, 2004)